sexta-feira, 21 de agosto de 2009

EPICONDILITE LATERAL

A epicondilite lateral também conhecida como cotovelo de tenista (tennis elbow), é descrita como uma lesão crônica dos tendões que tem origem no epicôndilo lateral do cotovelo. Devido às atividades que exigem um esforço maior e anormal dos músculos extensores do punho ou dos pronadores do antebraço, por tensões continuas da articulação do cotovelo e etc.
Essa doença pode acometer pessoas que praticam atividades físicas como no caso tênis, squash, basquete, esgrima, lançamento de dardo, de martelo e etc. Porém, pode acometer trabalhadores que não praticam atividades físicas, devido a trabalharem de forma inadequada (sem materiais ou postura imprópria).
Podem ocorrer mudanças internas da estrutura e degeneração da sua matriz, incapacitando a regeneração e maturação em tendão normal. A modificação do tendão é denominada como TENDINOSE.
A tendinose, quando estudada microscopicamente, caracteriza-se por processo degenerativo com aumento do número de fibroblastos, hiperplasia vascular e desorganização do colágeno.
Na sua patogênese são definidos quatro estágios:

  • Processo inflamatório, sem alterações patológicas;

  • Alterações na estrutura tendínea (tendinose/hiperplasia angiofibroblástica);

  • Tendinose com rotura tendínea;

  • Tendinose com rotura associada com calcificação e/ou ossificação periarticular. (FILHO et. al., 2004).

Clinicamente, a epicondilite lateral, caracteriza por dor centrada no epicôndilo lateral do cotovelo e que irradia para a musculatura extensora do punho e da mão. Sendo que a evolução dessa doença pode ser satisfatória com o tratamento conservador: como o repouso para controlar a dor e a inflamação, crioterapia, analgésicos, antiflamatórios e reabilitação. Além da preservação da flexibilidade, mobilidade e força do cotovelo. Caso o tratamento medicamentoso e fisioterápico não estabeleça melhoras, ou seja, não houver remissão total ou parcial progressiva, faz-se necessário a intervenção cirúrgica.

Um comentário:

  1. Neste texto, o uso de alterações degenerativas não tem a mesma conotação de DEGENERAÇÕES que estamos estudando em alterações reversíveis celulares - alterações regressivas.

    Aqui destacam-se processos complexos tais como inflamação e calcificação.

    Muito bom o texto. Vamos continuar assim, ligando a disciplina à vida cotidiana.

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