sábado, 28 de novembro de 2009

ESPINHA BÍFIDA


É uma malformação congênita localizada na coluna vertebral. Este defeito ocorre nas primeiras semanas de gravidez quando o tubo neural do embrião, estão em formação, não se fecha corretamente. Por isso, é chamada de espinha bífida que quer dizer espinha dividida.

Existem três tipos principais de espinha bífida: Oculta, Meningocele e Mielomeningocele.

As causas que levam à formação da espinha bífida em geral, e da mielomeningocele em particular, ainda não estão totalmente esclarecidas. Na sua origem coexistem fatores genéticos e fatores ligados ao ambiente. O grau de influência de cada um ainda não foi bem estabelecido, mas é sabido que a mielomeningocele com maior freqüência em grupos sociais menos favorecidos e com carência alimentar. Sabe-se também que a exposição materna a determinados medicamentos como a carbamazepina e o ácido valpróico pode induzir a formação do defeito. Sabe-se também que o ácido fólico, uma vitamina do Complexo B, exerce um efeito protetor sobre o sistema nervoso em formação, reduzindo significativamente a incidência de defeitos do tubo neural quando administrado a mulheres em idade fértil antes da concepção.

A clínica desta afecção varia desde ligeira a intensa consoante a gravidade da situação em si própria. Assim, temos que no caso mais grave, ou seja, no mielomeningocelo, a criança pode apresentar fraqueza muscular ou mesmo paralisia abaixo do nível do não encerramento completo da coluna, em virtude de haver atingimento dos nervos que saem, abaixo desse nível, da espinal medula para o resto do corpo. Para além disto é, também, comum a perda de sensibilidade e a incapacidade de controlar os esfíncteres anal e/ou vesical. A somar a tudo isto, temos, ainda, que o líquido cefalorraquídeo (líquido que envolve o cérebro e a medula) pode acumular-se no cérebro originando uma condição conhecida como hidrocéfalo, que se não tratada pode levar a lesões cerebrais, com cegueira e convulsões.

ANOREXIA ALCOÓLICA

A anorexia alcoólica, também conhecida como drunkorexia, é a perda de apetite provocada pelo consumo exagerado de bebidas alcoólicas, o que gera problemas no aparelho digestivo e carência nutricional. Esta não é uma doença propriamente dita, mas um sintoma do alcoolismo, e tem como tratamento o mesmo que seria dado a qualquer outro alcoólatra.

Drunkorexia ou anorexia alcoólica é um termo criado nos EUA para definir uma doença que mistura transtornos alimentares e alcoolismo. Ainda não possui um termo médico oficial, e por isso não está presente nas classificações e manuais de doenças.

É muito comum entre jovens e adultos de idade entre 20 e 40 anos, que ingerem bebidas alcoólicas no lugar da refeição. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o alcoolismo atinge cerca de 12% da população feminina mundial.

As conseqüências desta doença resumem-se a distúrbios nutricionais importantes com alterações orgânicas como arritmias, convulsões, doenças neurológicas, anemia, distúrbios menstruais, alterações da tireóide e endócrina. Portanto, além da perda de apetite, complicações como esofagite, gastrite hemorrágica, hepatite alcoólica e diabetes secundária podem ocorrer.

Há controvérsias quanto ao termo usado para designar o distúrbio, pois não se trata de uma anorexia de fato, em que o doente se preocupa com o corpo, mas de uma deficiência metabólica conseqüente de um estágio avançado de dependência.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

DOENÇA DE KENNEDY


A doença de Kennedy, também conhecida como SBMA - atrofia muscular espinhal bulbar, deve seu nome ao Dr. William R Kennedy, um dos primeiros pesquisadores a diferenciar e investigar a doença. É uma rara doença de adulto que causa fraqueza dos membros e dos músculos utilizados para falar e para engolir. Seus primeiros sintomas ocorrem entre a terceira e quinta década de vida de homens. Ela progride lentamente e não existe cura; é uma doença hereditária causada por um gene no cromossomo X. Enquanto ambos homens e mulheres podem possuir o gene, as mulheres são somente portadoras (elas não tem os sintomas da doença). O mecanismo da doença é devido a uma repetição da expansão dos trinucleotídeos CAG em gene receptor masculino no cromossomo X. Pode ser diagnosticado com um teste de DNA.

A doença de Kennedy tem gerado uma grande quantidade de pesquisas e interesse recentemente. Vários outras doenças tem recentemente sido relatadas com expansão de trinucleotídeos.
Retirado: http://www.bengalalegal.com/distrofias.php#kennedy

ATROFIA ESPINHAL PROGRESSIVA

A atrofia espinhal progressiva causa fraqueza muscular dos músculos dos ombros, parte superior dos braços e da bacia e parte superior das coxas. Essa fraqueza muscular é progressiva e simétrica, pode iniciar logo após o nascimento, durante a infância, na adolescência ou no início da idade adulta.

Essa doença é causada por mutações no gene chamado de SMN1 (SMN1 é sigla de Survival Motor Neuron 1). A análise molecular do gene SMN1, oferecida pelo Centro de Estudos do Genoma Humano, tem se mostrado extremamente importante para confirmação do diagnóstico clínico e para diferenciar a atrofia espinhal progressiva de outras anomalias musculares, sem necessidade de exames mais invasivos ou traumáticos, como a biópsia muscular ou a eletromiografia.

DISTROFIA MUSCULAR DO TIPO CINTURAS - DMC

Hoje já se sabe que a Distrofia Muscular do tipo Cinturas não é uma única doença, mas que sob esta denominação está um grupo de distrofias que podem afetar indivíduos de ambos os sexos, e que podem se manifestar na infância, na adolescência ou na idade adulta.

A DMC atinge os músculos da cintura escapular (região dos ombros e dos braços) e da cintura pélvica (região dos quadris e coxas), levando a uma fraqueza muscular progressiva. Em geral, a fraqueza tem início nos músculos das pernas e o paciente pode passar vários anos antes de apresentar fraqueza nos braços. Os pacientes de DMC apresentam dificuldades para erguer objetos, subir escadas, e levantar-se de cadeiras.

Entre os casos de DMC, existem 10% que obedecem a um padrão de herança autossômico dominante, mas 90% dos casos obedecem a um mecanismo de herança denominado autossômico recessivo. Neste caso, para que a doença se manifeste, é necessário que o paciente receba dois genes defeituosos, um proveniente de seu pai, e outro de sua mãe.
Retirado http://www.bengalalegal.com/distrofias.php#cinturas.

DISTROFIA MUSCULAR DE BECKER

É um distúrbio hereditário caracterizado por fraqueza muscular e progressiva das pernas e da pelve.

A distrofia muscular de Becker é muito semelhante à distrofia muscular de Duchenne, exceto pelo fato de progredir mais lentamente. Trata-se de um distúrbio hereditário com um padrão de herança recessiva ligado ao X - o gene está localizado no cromossoma X. Os homens desenvolverão sintomas se as mulheres transmitirem o gene do distúrbio, pois estas são portadoras desse gene.

Observa-se fraqueza muscular progressiva dos músculos das pernas e da pelve associada à perda de massa muscular (emaciação). Essa fraqueza também atinge os braços, o pescoço e outras áreas, mas não de forma tão intensa como ocorre na metade inferior do corpo. Os músculos das panturrilhas inicialmente aumentam de tamanho (como uma tentativa do corpo para compensar a perda de força muscular) e o tecido dos músculos aumentados é, eventualmente, substituído por gordura e por tecido conjuntivo (pseudo-hipertrofia). As contraturas musculares ocorrem nas pernas e nos calcanhares, provocando uma falta de habilidade para utilizar os músculos, por causa do encurtamento das fibras musculares e da fibrose do tecido conjuntivo. O desenvolvimento dos ossos é anormal, provocando deformidades do esqueleto do tórax e de outras áreas. A cardiomiopatia ocorre em quase todos os casos e o distúrbio também pode vir acompanhado de retardo mental, que não é inevitável e não piora no curso da doença. A causa deste enfraquecimento é desconhecida.
Retirado: http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/000706.htm

DORT


Doenças Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são um grupo de lesões que constituem doença ocupacional. Se caracteriza por sintomas dolorosos que acometem tendões, músculos, nervos, ligamentos e outras estruturas responsáveis pelos movimentos dos membros superiores, costas, região do pescoço, ombros e membros inferiores. Portanto, D.O.R.T é a sigla que define as lesões especialmente vinculadas ao trabalho.

A partir de 1980, as DORT tornaram-se as mais freqüentes causas de afastamento do trabalho no mundo.

Esse conjunto de doenças atinge as pessoas que desenvolvem atividades que requerem movimentos repetitivos dentro do trabalho. Outros fatores que contribuem para o aparecimento de DORT são:

• Mesas, cadeiras, máquinas, bancadas e equipamentos em desacordo com a estrutura do corpo humano ou que induzem a má postura;

• Maus hábitos posturais, que, mantidos por tempo prolongado, frequentemente resultam em anormalidades permanentes de postura;

• Falta de organização do trabalho, ausência de pausas para descanso, excesso de horas extras, inexistência de rodízio de tarefas e busca desenfreada por elevação da produtividade.

Apesar de se tratar de um problema ocupacional bastante sério, as D.O.R.T são doenças benignas e totalmente curáveis, quando diagnosticadas precocemente e tratadas rapidamente. Quanto mais cedo as DORT forem diagnosticadas e tratadas, maiores as chances de sucesso do tratamento.
RETIRADO: http://www.wgate.com.br/fisioweb/noticia/noticia_051205.htm

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

SÍNDROME DE REITER

Síndrome de Reiter, conhecida como artrite reativa, é uma doença que afeta as articulações provocando artrite assimétrica, isto é inflamação com aumento das articulações, principalmente nos membros inferiores (pernas).

Pode ser acompanhada de inflamação dos olhos (conjuntivite ou uveíte), inflamação da uretra (uretrite) ou do cérvix (cervicite), inflamação do intestino com diarreia aguda e acometimento da pele e mucosas (da boca e genitais).

A doença aparece em pessoas que são predispostas geneticamente. Entre 60 e 90% das pessoas com síndrome de Reiter apresentam o HLA B27 positivo que é um antígeno de histocompatibilidade humano presente nos cromossomas, que contêm o nosso material genético.

Em geral, a doença manifesta-se por inflamação das juntas (artrite) que aparece com maior frequência nos membros inferiores (joelhos, tornozelos e articulações sacro-ilíacas).


Pode, também, aparecer nas grandes articulações dos membros superiores como cotovelos, ombros e punhos. As artrites são na maioria das vezes monoarticular ou oligoarticular (até 4 articulações) e assimétricas, ou seja, que não acomete os dois lados do corpo ao mesmo tempo.

É comum a ocorrência de entesite, que é a inflamação da inserção dos tendões nos ossos, principalmente no tendão de Aquiles e fascia plantar (calcanhar).

SÍNDROME DE TOURETTE

A síndrome de Tourette é um distúrbio no qual tiques motores e vocais ocorrem freqüentemente ao longo do dia e duram pelo menos um ano. Freqüentemente, a síndrome de Tourette se inicia na infância, com tiques simples (espasmos musculares repetidos, involuntários e sem finalidade aparente) e evolui para episódios de movimentos complexos, incluindo tiques vocais e respiração espástica abrupta. Inicialmente, os tiques vocais podem ter a forma de grunhidos ou da emissão de um som similar a um latido, evoluindo rapidamente para a episódios compulsivos e involuntários de praguejamento.

A síndrome de Tourette é um distúrbio hereditário que apresenta uma prevalência três vezes maior nos homens que nas mulheres. A causa precisa não é conhecida, mas acreditase que se trate de uma anormalidade da dopamina ou de outros neurotransmissores cerebrais (substâncias utilizadas pelas células nervosas para comunicação).


Os tiques da síndrome de Tourette são mais complexos do que o simples piscar de olhos. Uma criança com síndrome de Tourette pode mover repetidamente a cabeça de um lado para outro, piscar os olhos, abrir a boca e estender o pescoço. Os tiques mais complexos incluem os socos e chutes, a emissão de grunhidos e zumbidos e a respiração ruidosa.

CORÉIA E ATETOSE

A coréia consiste em movimentos involuntários, breves, espasmóticos, como movimentos de dança, que começam em uma parte do corpo e passam a outra de forma brusca e inesperada e, freqüentemente, de modo contínuo. A atetose é o fluxo contínuo de movimentos lentos, sinuosos, de contorção, geralmente nas mãos e nos pés. A coréia e a atetose podem ocorrer simultaneamente (coreoatetose).

A coréia e a atetose não são doenças e sim sintomas que podem ser decorrentes de várias doenças muito distintas. Os indivíduos com coréia e atetose apresentam anormalidades nos gânglios basais do cérebro. A função dos gânglios basais é suavizar os movimentos grosseiros, que são iniciados por comandos provenientes do cérebro. Na maioria das formas de coréia, um excesso do neurotransmissor dopamina nos gânglios basais altera a sua função de ajuste fino. Os medicamentos e as doenças que alteram os níveis de dopamina ou a capacidade do cérebro de reconhecer a dopamina podem piorar a coréia. A doença que mais freqüentemente causa a coréia e a atetose é a doença de Huntington, mas trata-se de uma doença bem rara, afetando menos de 1 em cada 10.000 indivíduos. A doença de Sydenham (também chamada dança de São Vito ou coréia de Sydenham) é uma complicação de uma infecção infantil causada por certos estreptococos e pode durar vários meses. Algumas vezes, a coréia ocorre em indivíduos idosos sem qualquer razão aparente e afeta principalmente os músculos da boca e periorais. As mulheres também podem ser afetadas nos primeiros 3 meses de gestação, mas a coréia desaparece sem tratamento imediatamente após o parto.

CISTICERCOSE

A cisticercose é causada pela ingestão acidental dos ovos da Taenia solium: platelminto que tem, como hospedeiros intermediários, os suínos. Indivíduos com teníase, por possuírem em seu organismo a forma adulta da tênia, liberam ovos destes animais, juntamente com suas fezes, podendo contaminar a água ou mesmo alimentos ou mãos. Assim, ao se ingerir os ovos da T. solium, este parasita se encaminha do trato digestório à corrente sanguínea, e se aloja em órgãos como cérebro, olhos, coluna ou músculos.

A gravidade da doença depende muito da região infestada. Um cisticerco localizado no cérebro, por exemplo, pode causar dores de cabeça, convulsões, confusão mental e até morte sendo, obviamente, o caso clínico mais grave. Alojada na coluna e região muscular, causa dor e dificuldades de locomoção e na região ocular, distúrbios visuais e até cegueira.

O período de incubação da doença varia entre 15 dias a anos após a infecção, podendo também, nunca se manifestar. O tratamento varia de acordo com a localização dos cisticercos, período de contaminação e estado de saúde do paciente.

PARAPARÉSIA ESPÁSTICA TROPICAL


A paraparésia espástica tropical é uma infecção viral, lentamente progressiva, da espinhal medula que causa debilidade nas pernas. A infecção é causada pelo tipo I do vírus da leucemia de células T humana (HTLV-I). Este, um retrovírus, também pode causar um tipo de leucemia. A paraparésia espástica tropical pode transmitir-se por contacto sexual ou então pelo uso de agulhas contaminadas; também pode ocorrer de mãe para filho através da placenta ou pelo leite materno.

Os sintomas podem começar anos depois da infecção inicial. Na sua resposta à infecção pelo HTLV-I, o sistema imunitário lesa ocasionalmente o tecido nervoso, causando os sintomas. A debilidade e a rigidez muscular em ambas as pernas começa gradualmente e piora lentamente. É provável a perda parcial da sensibilidade nos pés.
Apesar de não existir cura para este processo, as pessoas tratadas com corticosteróides, que podem inibir a resposta imune, experimentam uma melhoria considerável. A plasmaférese também tem produzido melhorias temporárias.

OSTEOCONDROMATOSE SINOVIAL


A osteocondromatose sinovial, também designada condromatose sinovial, é uma proliferação monoarticular benigna da sinovial das articulações, bolsas ou tendões, com metaplasia cartilagínea. A proliferação do líquido sinovial produz pequenos nódulos que se desintegram e migram para a cavidade articular. Na cavidade articular, a metaplasia transforma os nódulos em corpos cartilagínosos que cerscem e sofrem necrose central. A porção necrótica calcifica-se e, eventualmente, ossifica em vários graus. Grandes articulações, tais como joelho, anca, cotovelo e ombro são as mais afetadas; no entanto, a doença pode envolver também outras articulações. Na realidade, qualquer superfície sinovial, incluindo as bolsas extra-articulares, pode ser afetada.

À medida que a doença progride, a articulação torna-se dolorosamente distendida, com vários corpos cartilaginosos, que podem rondar as centenas e podem resultar em sintomas mecânicos, tais como restrição de movimentos com eventual destruição da articulação e osteoartrite secundária.

SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS


A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é uma desordem neurológica, sensório-motora, caracte­rizada por sensação de desconforto nas pernas, normalmente associada com uma necessidade ir­resistível de movimentar as pernas, principalmen­te próximo da hora de dormir ou em repouso. O portador de SPI pode experimentar alívio total ou parcial no desconforto mediante a movimentação das pernas, esta sensação tende a aparecer ou se agravar durante a noite.

Os portadores de SPI descrevem as sensa­ções em suas pernas de maneiras diferentes, com destaque para termos como sensações de agulha­das, prurido interno, irritação, inquietude, sen­sações estas que melhoram com uma atividade motora intensa, com movimentos vigorosos das pernas em flexão, extensão ou cruzamento.