Como o futebol caracteriza-se pelo intenso contato físico, movimentos curtos, rápidos e não contínuos, tais como aceleração, desaceleração e mudanças abruptas de direção, as lesões traumáticas são cada vez mais presentes.
Em se tratando de atletas, as lesões esportivas podem ser descritas como uma síndrome dolorosa que atue impedindo-os de desempenhar suas atividades esportivas, ou ainda, prejudicando seu desempenho. As principais lesões são as musculares, ósseas, meniscais e ligamentares.
Vale salientar que dependendo do tipo de lesão, o atleta demora mais a se recuperar, ou não. As lesões mais freqüentes são as musculares, a exemplo, as conhecidas como estriamento muscular. Este é classificado como lesão muscular indireta, pois a energia do trauma não ocorre diretamente na área muscular que se encontra anatomicamente alterada; é causada por um alongamento das fibras musculares, além do seu estado fisiológico, ou pode ser resultante de uma contração muscular excêntrica em determinado movimento esportivo, como, por exemplo, o movimento de contração dos isquiotibiais que molduram a contração concêntrica do quadríceps durante um chute no futebol. A lesão menos comum é a meniscal. Esta, em relação às outras, demanda maior tempo no tratamento, deixando os atletas longe dos campos por mais tempo; em alguns casos, o período de reabilitação passa de seis meses, acarretando prejuízos ao clube, mas principalmente ao atleta, que se encontra em um estado de inatividade física.
Em um início de estudo de patologia, em que analisamos a questão das causas e mecanismos das lesões celulares e tissulares, é importante encontrar sentido do assunto estudado na prática profissional presente ou futura.
ResponderExcluirDe fato, devemos tentar fazer uma reflexão de quais os mecanismos pelos quais ocorrem as lesões devido a estiramento muscular, ósseo, ligamentar.
Observe-se que no caso do estiramento muscular há um grande alongamento, mas não há ruptura de fibras musculares.
Na apostila de fisiopatologia II da Escola de Massoterapia SOGAB pode-se encontrar uma análise inicial.
O número maior de células inflamatórias que aparecem no local da lesão pode ser resultado da quimiotaxia das células inflamatórias do sistema circulatório para o local da lesão e da mitogênese dessas células, que, normalmente, estão no músculo em estado inativo. A lesão primária representa o resultado de um traumatismo que lesa diretamente as próprias células, enquanto a lesão secundária (ou hipóxia secundária) é desencadeada pela resposta do organismo ao traumatismo. Essa resposta inclui redução do fluxo sangüíneo para a região traumatizada como resultado da vasoconstrição, que reduz a quantidade de oxigênio para a área lesada. Assim sendo, ocorre a morte de células adicionais em virtude da hipóxia secundária. Essas células mortas se organizam e formam o hematoma.
A degeneração ou a morte celular perpetua a liberação de poderosas substâncias capazes de induzir alterações vasculares. A mais comum dessas substâncias é a histamina, que eleva a permeabilidade capilar e permite a saída de líquido e de células sangüíneas para os espaços intersticiais.
Não havendo lesão, o plasma e as proteínas do sangue saem dos capilares por osmose e difusão e penetram nos espaços intersticiais, sendo reabsorvidos. No entanto, o traumatismo acarreta o aumento da permeabilidade capilar como resultado da liberação de enzimas celulares, permitindo que o plasma e as proteínas do sangue possam penetrar nos tecidos circundantes.