A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica progressiva caracterizada por bradicinesia, tremor de repouso, rigidez e instabilidade postural. A prevalência da DP é estimada em 100 a 200 casos por 100.000 indivíduos, acometendo preferencialmente o sexo masculino a partir da sexta década de vida. (Revista Neurociência, 2004).
Na doença de Parkinson produz-se uma degenerescência nas células dos gânglios basais que ocasiona uma perda ou uma interferência na ação da dopamina e leva a menos conexões com outras células nervosas e músculos. A causa da degenerescência das células nervosas e da perda de dopamina, habitualmente, não é conhecida. O fator genético não parece desempenhar um papel importante, embora a doença às vezes tenda a afetar famílias.
Há ocasiões em que se pode conhecer a causa. Em alguns casos a doença de Parkinson é uma complicação tardia da encefalite viral, uma infecção semelhante à gripe, relativamente pouco freqüente, mas grave, que causa a inflamação do cérebro. Noutros casos, a doença de Parkinson deve-se a processos degenerativos, fármacos ou produtos tóxicos que interferem ou inibem a ação da dopamina no cérebro. Por exemplo, os antipsicóticos utilizados no tratamento da paranóia grave e da esquizofrenia interferem com a ação da dopamina sobre as células nervosas.
A progressão dos sintomas é usualmente lenta, mas a velocidade com que essa progressão se desenvolve é bastante variável em cada caso. Os primeiros sintomas da DP têm início de modo quase imperceptível e progride lentamente o que faz com que o próprio paciente ou seus familiares não consigam identificar o início preciso das primeiras manifestações. O primeiro sinal pode ser uma sensação de cansaço ou mal estar no fim do dia. A caligrafia pode se tornar menos legível ou diminuir de tamanho, a fala pode se tornar mais monótona e menos articulada. O paciente freqüentemente torna-se deprimido sem motivo aparente. Podem ocorrer lapsos de memória, dificuldade de concentração e irritabilidade. Dores musculares são comuns, principalmente na região lombar.
Os sintomas da doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa. Algumas pessoas podem apresentar sintomas graves, enquanto outras apresentam apenas alguns sintomas leves. No início, os sintomas da doença de Parkinson podem afetar apenas um lado do corpo. Mais tarde, freqüentemente, ambos os lados são afetados. Em geral, os sintomas mudam com o passar do tempo - A memória e o raciocínio são geralmente afetados.
O tratamento deve ser contínuo e ser iniciado assim que é feito o diagnóstico. Deve incluir a fisioterapia (com a estimulação da atividade física), o suporte psicológico, a terapia ocupacional, o uso de drogas específicas e mais raramente a intervenção cirúrgica.
A doença de Parkinson é progressiva. Não é possível prever o quão rapidamente a doença progredirá. Mas com a progressão, todos os sintomas se tornam acentuados.
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